Sou pernambucano de Recife,
nascido em 1976, 1 ano antes da estréia do Balé Popular do Recife, companhia
fundada e dirigida por meu pai, André Luiz Madureira até hoje. Minha estréia
foi aos 7 anos no espetáculo do Balé Infantil “Brincadeiras de Roda, Histórias
e Canções de Ninar”, espetáculo dançado por crianças para crianças. Aos 11 anos
fiz minha primeira turnê ao exterior, em temporada de três meses na França.
Minha carreira profissional começa com 13 anos, quando passo a dançar no Balé
Brasílica, grupo preparatório à companhia principal, e formo minhas próprias
turmas de aula, dança e percussão.
Estudei danças e jogos que julguei
importantes para meu desenvolvimento dentro da Dança Brasílica, como Balé
Clássico, Dança Contemporânea e Capoeira, e me aprofundei em percussão,
inicialmente por pura paixão, mas que agora se observa como grande diferencial
no meu trabalho. Aprendi e estudei pandeiro, minha especialidade, alfaia de
maracatu, com a qual desenvolve grande parte dos arranjos percussivos do
repertório do Brasílica, berimbau, ilú, entre vários outros.
Ministrei aulas em várias cidades
do entorno de Recife, além da própria capital, participando de vários projetos
sociais vinculados às prefeituras. Formei, junto de meu irmão, Beto Madureira,
o Brasílica Música e Dança de Recife,
projeto que rende frutos até hoje apesar da minha ausência há quase 10 anos.
Com o Balé Popular dancei em
espetáculos como Nordeste: a Dança do Brasil, Brasílica – O Romance da Nau
Catarineta, Oh! Linda Olinda, viajei em turnê por várias regiões do Brasil e do
mundo, entre Portugal, França e Canadá, e em 2002 me tornei diretor artístico
do Balé, remontando espetáculos como a Nau Catarineta e Nordeste.
Parti em busca de meu próprio
trabalho em 2003, em São Paulo, trabalhando com grupos como a Pia Fraus Teatro,
no espetáculo Bichos do Brasil, Cia da Tribo, como coreógrafo no
projeto-residência 2 Corações e 4 Segredos, e fundando minha companhia, em
2005, Cia Brasílica, que começou através de um grupo de estudos de dança, com
aulas, e percussão, e pesquisa dos meios de produção em artes cênicas –
editais, projetos-base, leis de incentivo, etc.
Minha carreira se firma a partir
de 2007 em São Paulo, quando apresento o primeiro espetáculo autoral, "O
Poder da Música e a Serpente Encantada", no Festival de Artes de Itu, como um
solo, e remontando-o em grupo logo em seguida, em 2008, para temporada no
Centro Cultural São Paulo e Teatro da Vila. Este espetáculo circulou toda a
rede Sesc de São Paulo e foi convidado pelo diretor Fernando Faro, para
participar do Programa Móbile, da TV Cultura.
Em 2007 também entrei para o
Projeto Vocacional Dança, no qual permaneço até hoje. Participei dos programas
de oficina do Centro Cultural São Paulo, fazendo intercâmbio em 2009 com o
grupo de bailarinos do projeto Brazil:
Korea Contemporary Dance.
Depois deste espetáculo, montei em
2009 Kamaleoas e InteraJa Brasílica, em 2010 remontei Kamaleoas, com o qual
participei da Virada Cultural Paulista, Parnaíba Festival e participei do
programa de ocupação dos teatros distritais do Departamento de Expansão
Cultural, e criei Canteiro de Obra, através de participação no ENTORNO –
Encontro Latino-Americano de Dança Contemporânea. Fui com este espetáculo ao
Projeto Teorema, ainda em 2010, no Festival Contemporâneo de Dança, para o II
Interações 2011, no Centro de Dança Umberto da Silva, Encontros de Dança no
TUCA, e em 2012 para o 22º Festival de Inverno de Garanhuns e para o Projeto Deguste Tugudum, Teatro Sérgio Cardoso.
Atualmente trabalho vinculado à
secretaria de Educação de Guarulhos, no projeto Corpo Brincante, voltado para
crianças, adolescentes e professores da rede pública; e voltei a realizar
encontros do grupo de estudos Brasílica, mostrando seus resultados através de
Jam’s desde 2011, e através de uma nova montagem, ‘Brasílica’, ainda a estrear.