quinta-feira, 26 de julho de 2012

Experiência


Sou pernambucano de Recife, nascido em 1976, 1 ano antes da estréia do Balé Popular do Recife, companhia fundada e dirigida por meu pai, André Luiz Madureira até hoje. Minha estréia foi aos 7 anos no espetáculo do Balé Infantil “Brincadeiras de Roda, Histórias e Canções de Ninar”, espetáculo dançado por crianças para crianças. Aos 11 anos fiz minha primeira turnê ao exterior, em temporada de três meses na França. Minha carreira profissional começa com 13 anos, quando passo a dançar no Balé Brasílica, grupo preparatório à companhia principal, e formo minhas próprias turmas de aula, dança e percussão.
Estudei danças e jogos que julguei importantes para meu desenvolvimento dentro da Dança Brasílica, como Balé Clássico, Dança Contemporânea e Capoeira, e me aprofundei em percussão, inicialmente por pura paixão, mas que agora se observa como grande diferencial no meu trabalho. Aprendi e estudei pandeiro, minha especialidade, alfaia de maracatu, com a qual desenvolve grande parte dos arranjos percussivos do repertório do Brasílica, berimbau, ilú, entre vários outros.
Ministrei aulas em várias cidades do entorno de Recife, além da própria capital, participando de vários projetos sociais vinculados às prefeituras. Formei, junto de meu irmão, Beto Madureira, o Brasílica Música e Dança de Recife, projeto que rende frutos até hoje apesar da minha ausência há quase 10 anos.
Com o Balé Popular dancei em espetáculos como Nordeste: a Dança do Brasil, Brasílica – O Romance da Nau Catarineta, Oh! Linda Olinda, viajei em turnê por várias regiões do Brasil e do mundo, entre Portugal, França e Canadá, e em 2002 me tornei diretor artístico do Balé, remontando espetáculos como a Nau Catarineta e Nordeste.
Parti em busca de meu próprio trabalho em 2003, em São Paulo, trabalhando com grupos como a Pia Fraus Teatro, no espetáculo Bichos do Brasil, Cia da Tribo, como coreógrafo no projeto-residência 2 Corações e 4 Segredos, e fundando minha companhia, em 2005, Cia Brasílica, que começou através de um grupo de estudos de dança, com aulas, e percussão, e pesquisa dos meios de produção em artes cênicas – editais, projetos-base, leis de incentivo, etc.
Minha carreira se firma a partir de 2007 em São Paulo, quando apresento o primeiro espetáculo autoral, "O Poder da Música e a Serpente Encantada", no Festival de Artes de Itu, como um solo, e remontando-o em grupo logo em seguida, em 2008, para temporada no Centro Cultural São Paulo e Teatro da Vila. Este espetáculo circulou toda a rede Sesc de São Paulo e foi convidado pelo diretor Fernando Faro, para participar do Programa Móbile, da TV Cultura.
Em 2007 também entrei para o Projeto Vocacional Dança, no qual permaneço até hoje. Participei dos programas de oficina do Centro Cultural São Paulo, fazendo intercâmbio em 2009 com o grupo de bailarinos do projeto Brazil: Korea Contemporary Dance.
Depois deste espetáculo, montei em 2009 Kamaleoas e InteraJa Brasílica, em 2010 remontei Kamaleoas, com o qual participei da Virada Cultural Paulista, Parnaíba Festival e participei do programa de ocupação dos teatros distritais do Departamento de Expansão Cultural, e criei Canteiro de Obra, através de participação no ENTORNO – Encontro Latino-Americano de Dança Contemporânea. Fui com este espetáculo ao Projeto Teorema, ainda em 2010, no Festival Contemporâneo de Dança, para o II Interações 2011, no Centro de Dança Umberto da Silva, Encontros de Dança no TUCA, e em 2012 para o 22º Festival de Inverno de Garanhuns e para o Projeto Deguste Tugudum, Teatro Sérgio Cardoso.
Atualmente trabalho vinculado à secretaria de Educação de Guarulhos, no projeto Corpo Brincante, voltado para crianças, adolescentes e professores da rede pública; e voltei a realizar encontros do grupo de estudos Brasílica, mostrando seus resultados através de Jam’s desde 2011, e através de uma nova montagem, ‘Brasílica’, ainda a estrear.